terça-feira, 16 de maio de 2017
16 de Maio de 1717: Voltaire é preso na Bastilha
François-Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire, cujos escritos satíricos faziam chacota da vida íntima de Filipe de Orleães, é enviado aos 23 anos para a Bastilha no dia 16 de Maio de 1717, por ultraje ao príncipe-regente. Ali permaneceria 11 meses, quando escreveu Oedipus e adoptou o pseudónimo de Voltaire, um anagrama do seu nome Arouet LJ (Le Jeune – o jovem). O U e o V, o J e o I confundiam-se à época.
A sombra de Voltaire plana sobre o século XVIII. Filósofo, dramaturgo, poeta, historiador, ele encarnava o “espírito francês’ dessa época. O seu talento de escritor permitia-lhe percorrer quase todos os géneros literários. Humanista convicto, lutou em defesa dos direitos do homem e contra o fanatismo religioso. Quando jovem, matriculou-se no colégio dos Jesuítas Louis-le-Grand, mostrando ser um aluno brilhante em retórica e filosofia. Voltou-se rapidamente para uma carreira literária contra a vontade do seu pai.
Em 1726, é novamente enviado à Bastilha após uma altercação com o Cavaleiro de Rohan. É libertado com a promessa de se exilar em Inglaterra. Lá, toma conhecimento das teorias de Isaac Newton e a filosofia de John Locke, que o influenciariam consideravelmente. O francês fica marcado pela ampla liberdade de opinião de que gozavam os ingleses. Fez votos de tudo fazer para reformar a sociedade francesa.
De retorno a Paris, em 1729, encena duas tragédias Brutus (1730) e Zaire (1732), que obtêm grande êxito. Aos 40 anos, Voltaire conquista um enorme prestígio e acumula fortuna graças à amizade com banqueiros que o ensinam a investir e especular.
Em 1734 é obrigado a deixar Paris logo depois da publicação, sem autorização da censura, das “Cartas Filosóficas”. Esta sátira dos modos e das instituições francesas provocou escândalo. Refugiou-se na Lorena em casa da marquesa de Châtelet. A sua relação durou15 anos. Ao longo da sua vida, devido à censura, Voltaire publicou dezenas de textos anonimamente.
Voltaire concorreu a um prémio da Academia de Ciências e em 1738 dedicou-se a divulgar os “Elementos da Filosofia” de Newton. Ele, que queria entrar na Academia Francesa de Letras, é eleito imortal em 1746. As intrigas da corte inspiram-lhe “Memnon, história oriental” (1747). Contudo, a sua ironia mordaz e a sua imprudência fazem-no cair em desgraça.
Em 1750, Voltaire viaja até Berlim e lá permaneceu durante três anos, recebendo uma pensão do rei Frederico II. As ceias entre o rei e o filósofo tornaram-se célebres. Uma querela com Maupertuis, presidente da Academia de Berlim, obriga-o a deixar a corte e a instalar-se na Suíça com a sua amante, Madame Denis. Tinha então 60 anos.
Os combates contra toda a restrição à liberdade individual conferem-lhe uma imensa popularidade. É dele a frase que atravessa os séculos: “Não concordo sequer com uma palavra que dizeis, mas defenderei até à morte o vosso direito de dizê-lo”.
Voltaire morre em 30 de Maio de 1778 em Paris. O vigário de Saint Sulpice recusou-se a inumá-lo e o corpo de Voltaire foi levado para o túmulo na Abadia de Scellières, perto de Troyes. As suas cinzas foram transferidas para o Panthéon em 11 de Julho de 1791, após uma grande cerimónia sem a participação do clero.
A sombra de Voltaire plana sobre o século XVIII. Filósofo, dramaturgo, poeta, historiador, ele encarnava o “espírito francês’ dessa época. O seu talento de escritor permitia-lhe percorrer quase todos os géneros literários. Humanista convicto, lutou em defesa dos direitos do homem e contra o fanatismo religioso. Quando jovem, matriculou-se no colégio dos Jesuítas Louis-le-Grand, mostrando ser um aluno brilhante em retórica e filosofia. Voltou-se rapidamente para uma carreira literária contra a vontade do seu pai.
Em 1726, é novamente enviado à Bastilha após uma altercação com o Cavaleiro de Rohan. É libertado com a promessa de se exilar em Inglaterra. Lá, toma conhecimento das teorias de Isaac Newton e a filosofia de John Locke, que o influenciariam consideravelmente. O francês fica marcado pela ampla liberdade de opinião de que gozavam os ingleses. Fez votos de tudo fazer para reformar a sociedade francesa.
De retorno a Paris, em 1729, encena duas tragédias Brutus (1730) e Zaire (1732), que obtêm grande êxito. Aos 40 anos, Voltaire conquista um enorme prestígio e acumula fortuna graças à amizade com banqueiros que o ensinam a investir e especular.
Em 1734 é obrigado a deixar Paris logo depois da publicação, sem autorização da censura, das “Cartas Filosóficas”. Esta sátira dos modos e das instituições francesas provocou escândalo. Refugiou-se na Lorena em casa da marquesa de Châtelet. A sua relação durou15 anos. Ao longo da sua vida, devido à censura, Voltaire publicou dezenas de textos anonimamente.
Voltaire concorreu a um prémio da Academia de Ciências e em 1738 dedicou-se a divulgar os “Elementos da Filosofia” de Newton. Ele, que queria entrar na Academia Francesa de Letras, é eleito imortal em 1746. As intrigas da corte inspiram-lhe “Memnon, história oriental” (1747). Contudo, a sua ironia mordaz e a sua imprudência fazem-no cair em desgraça.
Em 1750, Voltaire viaja até Berlim e lá permaneceu durante três anos, recebendo uma pensão do rei Frederico II. As ceias entre o rei e o filósofo tornaram-se célebres. Uma querela com Maupertuis, presidente da Academia de Berlim, obriga-o a deixar a corte e a instalar-se na Suíça com a sua amante, Madame Denis. Tinha então 60 anos.
Os combates contra toda a restrição à liberdade individual conferem-lhe uma imensa popularidade. É dele a frase que atravessa os séculos: “Não concordo sequer com uma palavra que dizeis, mas defenderei até à morte o vosso direito de dizê-lo”.
Voltaire morre em 30 de Maio de 1778 em Paris. O vigário de Saint Sulpice recusou-se a inumá-lo e o corpo de Voltaire foi levado para o túmulo na Abadia de Scellières, perto de Troyes. As suas cinzas foram transferidas para o Panthéon em 11 de Julho de 1791, após uma grande cerimónia sem a participação do clero.
Fontes: Opera Mundi
wikipedia (imagens)
Voltaire com 28 anos, por Nicolas de Largillière
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