09/05/22

Como trabalhar a guerra com crianças e jovens?

 Como trabalhar a guerra com crianças e jovens?

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Guerras e conflitos militares provocam sentimentos de medo e ansiedade e aumentam o discurso de ódio, a prática de violência e discriminação.
Habitualmente são as próprias crianças e jovens que abordam o tema e esta é uma oportunidade para educadores, pais - e professores bibliotecários - dialogarem com naturalidade.
A UNESCO apresenta oito sugestões [1] que devem orientar este diálogo e das quais destacamos cinco:

 

- Descubra o que sabem e como se sentem

O que sabes/ ouviste dizer sobre a guerra? Como é que te faz sentir? O que significa para ti?

Ler um livro [2], fazer um desenho, contar uma história e episódio da vida diária sobre o tema podem ser pontos de partida para responder a dúvidas e dialogar, de forma espontânea, rigorosa e sensível. É importante não desvalorizar as preocupações das crianças e assegurar-lhes que o que sentem é natural e que podem falar com um adulto de confiança sempre que quiserem.

- Mantenha-se calmo e adequado à idade

As crianças têm o direito de saber o que acontece no mundo e o educador tem o dever de as informar com sensibilidade, adequando a linguagem à sua idade e reações e poupando-as ao sofrimento, transmitindo-lhes que estão em segurança e que há muitas pessoas e instituições a trabalhar para construir a paz.

- Espalhe compaixão, não estigma

Na abordagem da guerra, é importante não atribuir rótulos que diminuem e discriminam os seus intervenientes (exemplo: “pessoas más”) e saber se as crianças e jovens estão a sofrer ou contribuir para o bullying e passar a mensagem de que a violência nunca é a resposta certa para um conflito e de que cada um deve fazer a sua parte para ajudar a resolver os problemas da sociedade.

- Concentre-se nos que ajudam

Identificar e partilhar histórias positivas de coragem e generosidade, discutir sobre modos de participar na ajuda aos refugiados e consciencializar para a paz – através de poster, história, poema, fotografia e angariação de bens - podem ser formas de obter e transmitir conforto e segurança.

A Rede de bibliotecas disponibiliza um conjunto de propostas educativas, centradas nas crianças e jovens, que visam a reflexão e ação solidária em contexto de guerra e crise de refugiados:

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Rede de Bibliotecas Escolares (2022, março). A de Acolher. Portugal: RBE. https://www.rbe.mec.pt/np4/A-de-Acolher.html

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